sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

OS CONGREGACIONAIS E A DINÂMICA DO TEMPO

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A história de nossas vidas pessoais e das instituições atravessa períodos, fases, épocas e momentos. Trata-se de um inevitável processo que a condição humana nos impõe. E, tal como Davi, que serviu a Deus conforme os Seus desígnios na sua geração, da mesma forma nós, hoje, nos encontramos com o mesmo desafio de servi-Lo de acordo com as condições de nosso tempo e de acordo com a Sua vontade. Esse tempo é dinâmico porque está sujeito às mudanças e transformações e estas vêm sem que as façamos ou acontecem porque nós assim agimos para mudar.

Neste sentido, entendo que chegamos a um momento crítico e singular de nossa caminhada cristã, evangélica e congregacional no Brasil que exige de nós uma tomada de consciência, de postura e de atitude. Não somos senhores da história e do tempo, sabemos Quem os governa em todas as circunstâncias e situações.

No entanto, somos Seus agentes, cooperadores, vocacionados, chamados a fazer e agir de acordo com a revelação de Sua vontade e de acordo com as nossas consciências, percepções e intuições, além de responsabilidades éticas. Tomar posição implica em assumir responsabilidades que podem trazer custos, mas também carregam em si mesmas avanços qualitativos para mudança.

Precisamos mudar os rumos do congregacionalismo no Brasil. A UIECB representa uma parcela das experiências congregacionais brasileiras. A atual situação tem proporcionado uma aguda indiferença e isolamento entre lideranças e comunidades. A ausência de debates que caracteriza a democracia do governo congregacionalista, tem causado o enfraquecimento e o descrédito desse. Tal situação já se estende há quase duas décadas, contando para isso inúmeros fatores que precisamos reavaliar e exercer auto-crítica.

Estamos diante de um cenário de aguda crise ética e de concepção do que seja uma união de igrejas, do que sejam as políticas estabelecidas entre as igrejas locais em torno do fazer missionário, do que seja um órgão representativo das comunidades locais. O discurso triunfalista encobre as contradições latentes e visíveis nas práticas e decisões tomadas de maneira arbitrária e sem discussão. A estratégia midiática superficial procura mostrar um quadro inexistente na realidade, construindo uma imagem distante da vivência concreta das lutas nas fronteiras da missão. O crescimento propalado das igrejas tem sido usado de forma equivocada, escapando da verdadeira situação de estagnação quanto ao número de igrejas na chamada UIECB, há duas décadas.

Continuaremos esta reflexão e aguardamos as reações dos internautas em vista de um diálogo produtivo.

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